O Encontro Mais Importante do Natal
Eu sou Dra. Suzy Mosna, Psicóloga, Terapeuta de casal e família, Escritora e alguém que acredita profundamente que os maiores encontros da vida não acontecem por acaso — eles acontecem por consciência.
Ao longo de mais de 30 mil atendimentos clínicos, realizados ao longo de mais de 15 anos de experiência clínica, acompanhei histórias de amor, desencontros, reconciliações, silêncios dolorosos e recomeços possíveis.
Sou autora dos livros Raio X do Casamento, Ciúme – Tempestade Interior e Descomplicando a Ansiedade.
Minha formação inclui cinco pós-graduações, com ênfase em Neuropsicologia, Terapia Individual e Terapia de Casal, além de estudos e formações internacionais que fazem parte do meu currículo profissional, incluindo formação com referência em Harvard.
Também sou hoje uma referência em terapia online, atendendo pessoas e famílias em diferentes partes do mundo, o que ampliou ainda mais minha escuta sobre relações, cultura, vínculos e sofrimento emocional. Mas, acima de qualquer título, sou alguém que escuta pessoas em momentos decisivos da vida — e o Natal é um desses momentos.
Este livro nasce do consultório, das sessões que antecedem o fim do ano, das perguntas que se repetem e das dores que ficam mais evidentes quando o calendário muda. Ele não é um manual de como ter um Natal perfeito. Ele é um convite para um Natal verdadeiro.
O Natal carrega uma promessa silenciosa: a de que algo precisa fazer sentido.
É uma época em que as luzes se acendem do lado de fora, mas nem sempre por dentro. As mesas ficam fartas, os encontros se multiplicam, as mensagens se repetem — e, ainda assim, muita gente sente um vazio difícil de explicar.
Talvez porque o Natal não seja apenas sobre reunir pessoas, mas sobre quem nós nos tornamos quando estamos com elas.
Este livro fala sobre o encontro mais importante do Natal. E não, ele não acontece necessariamente na ceia, nem depende de presentes, viagens ou grandes gestos. Esse encontro acontece quando você se permite parar e olhar para si com honestidade.
O Encontro Mais Importante do Natal
Existe um encontro que ninguém fotografa, ninguém posta e quase ninguém prepara. Ainda assim, ele define completamente a forma como você vive o Natal. É o encontro consigo mesmo.
Como você chega neste Natal? Cansado ou esperançoso? Em paz ou em guerra interna? Com coisas resolvidas ou com palavras engasgadas?
Essas perguntas não são para gerar culpa. São para gerar consciência.
Na psicologia, entendemos que datas simbólicas funcionam como espelhos emocionais. Elas ampliam o que está dentro. Por isso, o Natal tanto aquece quanto incomoda. Ele revela vínculos verdadeiros, mas também expõe relações mantidas apenas pela obrigação.
Faça um pequeno teste interno: — Quando você pensa em estar com sua família, seu corpo relaxa ou tensiona? — Você sente liberdade para ser quem é ou precisa se adaptar para caber? — Você fala o que sente ou silencia para manter a aparência de harmonia?
Não existe resposta certa. Existe apenas a verdade possível neste momento da sua vida.
O amor, tão celebrado no Natal, não é um sentimento constante. Amor é presença emocional. É responsabilidade com aquilo que se constrói junto. Amor não é fingir que está tudo bem quando não está. Amor também é limite.
Muitas famílias se encontram, mas não se conectam. Estão juntas fisicamente, mas emocionalmente distantes. Conversam sobre comida, trabalho, rotina — e evitam falar sobre sentimentos, mágoas e desejos. Não por falta de amor, mas por medo de conflito.
O problema é que o não dito não desaparece. Ele se acumula.
O perdão, tão pedido nesta época, não é um gesto mágico. Ele é um processo. Perdoar não significa esquecer, justificar ou permitir que tudo continue igual. Perdoar é decidir não viver refém da dor.
E aqui vai outra pergunta importante: — O que você precisa perdoar para não carregar para o próximo ano?
Nem tudo será resolvido agora. E está tudo bem. Às vezes, o maior avanço é reconhecer o que ainda dói.
O Natal também revela nossas tentativas de anestesia emocional. Bebemos mais, comemos mais, rimos mais alto — não porque estamos felizes, mas porque não queremos sentir. Só que sentir faz parte da experiência humana. Ignorar isso nos afasta de nós mesmos.
Um filme que ilustra muito bem essa dinâmica é Esqueceram de Mim. À primeira vista, ele parece apenas uma comédia natalina. Mas, quando olhamos com mais atenção, vemos uma criança esquecida no meio do caos familiar, da pressa, da falta de escuta e do automático.
Kevin aprende, sozinho, a lidar com o medo, a saudade e a própria autonomia. Enquanto isso, os adultos correm, se confundem, se perdem — e só depois percebem o que realmente importa.
Esse filme nos faz uma pergunta silenciosa: — Quantas vezes, mesmo juntos, nos esquecemos uns dos outros emocionalmente?
O Natal não exige grandes reconciliações forçadas. Ele pede presença. Um olhar atento. Uma escuta verdadeira. Uma conversa honesta, ainda que simples.
Talvez o encontro mais importante deste Natal não seja com quem você espera, mas com quem você evita: você mesmo.
Quando você se encontra, você muda a forma de se relacionar. Fica menos reativo, menos defensivo, mais consciente. E isso transforma qualquer ambiente.
– Um Natal Lúdico e Verdadeiro
Imagine o Natal como uma porta entreaberta. Ela não obriga ninguém a entrar. Ela apenas convida.
Que você atravesse essa porta com menos pressa e mais presença. Que leve consigo menos cobranças e mais verdade. Que ofereça aos outros aquilo que primeiro construiu em você.
Que o Natal seja menos espetáculo e mais encontro. Menos ruído e mais escuta. Menos aparência e mais afeto.
Porque, no fim, o encontro mais importante do Natal não acontece ao redor da mesa. Ele acontece quando você se permite estar inteiro.
Com carinho,
Dra. Suzy Mosna
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